Normas Gerais de Redação – VI Parte
PALAVRAS ESTRANGEIRAS
Só use se não houver correspondente em português. Ervilha todo mundo sabe o que é. Petit pois, só os professores de francês. Há exceções. Aqui no Brasil, soutien, que a gente escreve como sutiã, é mais comum que "porta-seios". Trata-se de uma palavra que foi aportuguesada.
PARLAMENTO/CONGRESSO
Não são sinônimos, embora pareça. Parlamento é conceito mais geral, mas há uma tendência da língua de reservar o termo para assembléias de países com regime parlamentarista. Congresso é a palavra mais comum para designar a reunião de duas câmaras em regimes presidencialistas. Nós somos um país que tem regime bicameral e, portanto, Congresso.
PASTA
Quando este termo significar o cargo que a pessoa exerce, o "P" tem que vir maiúsculo pois está substituindo o cargo: "o titular da Pasta (ministro da Fazenda) viajou ontem para Brasília".
PIEGUICE
A função do jornalismo é informar e não comover. Emoção, em jornalismo, é resultado de fatos narrados e não de estilo. A propósito, vale a pena lembrar um texto publicado por um grande jornal de São Paulo, na década de 30, e que se referia a uma garota que cometera suicídio: "Tinha 17 anos, na flor da mocidade, virgem e bela, Oh!, destino implacável. Morreu como morrem as flores nas campinas...", e foi embora o poeta de redação com seus lamentos infindáveis...
PIRÂMIDE INVERTIDA
Técnica de redação jornalística que remete as informações mais importantes para o início do texto e as demais, em hierarquização decrescente, em seguida. Isso servia aos interesses dos jornais, que às vezes precisavam cortar as matérias pelo "pé". Por isso, era costume dizer que pé de matéria e pé de galinha tinham sido feitos para cortar. Não temos este problema no Diário de Vitória, mas a técnica é a ideal, pois ajuda o leitor. Ele tem o principal logo no início da leitura e, se quiser parar antes do final, não perderá nada de muito importante.
PLANALTO
Nome do palácio que serve como sede do governo brasileiro, em Brasília. Deve ser sempre escrito em maiúscula.
PLEONASMO
É a redundância de termos. Em texto jornalístico, como vício, é intolerável: "O alpinista João da Cruz subiu para cima da montanha". "O marido de Joana entrou para dentro do quarto".
PLURAL DE PALAVRAS COMPOSTAS
A regra prática é esta: flexione os elementos variáveis (substantivos e adjetivos) e não flexione os que não forem (verbos, advérbios e prefixos). Exemplos: dois termos variáveis - cirurgiões-dentistas, curtas-metragens; o segundo variável - sempre-vivas, mal-educados; o primeiro variável - pés-de-moleque, canetas-tinteiro; nenhum varia - os leva-e-traz, os bota-fora; casos especiais - os louva-a-deus, os diz-que-diz, os bem-te-vis, os bem-me-queres e os malmequeres. Outros casos: adjetivos. Quando há dois adjetivos, só o segundo vai para o plural - político-sociais, castanho-claros. As exceções são três: surdos-mudos, azul-marinho e azul-celeste, os dois últimos invariáveis. Quando a primeira palavra é um adjetivo e a segunda um substantivo, o adjetivo composto não tem forma especial de plural: vestidos verde-musgo, salas cor-de-rosa.
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